Como o estilo de vida pode agir na remissão e controle da doença crônica

A diabetes é uma doença crônica que surge pela falta de insulina ou incapacidade das células em reconhecer este hormônio, responsável por controlar a quantidade de glicose no sangue e convertê-la em energia. Esse descontrole pode afetar o organismo de diferentes formas, causando complicações aos rins, olhos e circulação sanguínea, além de ser um alto fator de risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares.

A diabetes possui duas variedades principais e as mais conhecidas chamadas de tipo 1 e tipo 2. A diabetes tipo 1
acomete cerca de 10% dos diabéticos e é uma doença autoimune, na qual o organismo não produz mais insulina, causando um aumento súbito de açúcar no sangue. Esses pacientes devem fazer aplicações diárias deste hormônio, além de controlar a dieta e fazer atividade físicas frequentemente.

Já a diabetes tipo 2 ocorre em cerca de 90% dos casos e é considerada silenciosa, pois geralmente não apresenta sintomas e está muito relacionado ao estilo de vida ruim, como obesidade e sedentarismo. Neste quadro, há uma redução da produção de insulina e ela não desempenha seu papel corretamente, elevando também os níveis de glicose.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), estima-se que 14 milhões de brasileiros possuam a doença, mas grande parte deles não tem esse conhecimento pois muitos de seus sintomas parecem inofensivos, o que dificulta o diagnóstico inicial. Este, por sua vez, quanto mais precoce, menores são as chances de desenvolver complicações mais sérias. De modo geral, para prevenir ou retardar o desenvolvimento da diabetes, a adoção de um estilo de vida saudável é fundamental.

Um estudo realizado pelo Instituto de Pesquisa em Medicina Preventiva (PMRI), na Califórnia, analisou durante um ano um grupo de pacientes diabéticos que foram submetidos a realizar mudanças abrangentes no estilo de vida. Tais modificações incluíam a adoção de uma dieta baseada em vegetais e com pouca gordura, a realização de exercícios físicos regularmente e controle do estresse.

Ao final dos doze meses, os pesquisadores concluíram que os pacientes com diabetes que aderiram hábitos saudáveis apresentaram as mesmas melhorias nos fatores de risco de doenças arteriais coronarianas e na qualidade de vida daqueles sem diabetes. Além disso, apresentaram reduções significativas nos níveis de glicemia e muitos conseguiram até mesmo reduzir a medicação para a doença.

Dessa forma, o Instituto Ellos de Medicina recomenda a realização frequente de exames para controle dos níveis de insulina no sangue, além da mudança de estilo de vida, cientificamente comprovado como forma de controle e até mesmo combate no desenvolvimento de quaisquer doenças crônicas.

Fonte: ornish.com