Neste mês, no dia 26 de abril, é celebrado o Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial, conhecida também como “pressão alta”. Instituída pela Lei nº 10.439/2002, a data tem como objetivo conscientizar a população sobre a importância do diagnóstico preventivo e do tratamento da doença. De acordo com a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mais de 38,1 milhões de brasileiros com 18 anos ou mais sofrem de hipertensão, o equivalente a 23,9% da população dessa faixa etária. Por isso, a cardiologista do Instituto Ellos de Medicina, Dra. Danielle Salaorni de Resende, resolveu esclarecer as principais dúvidas sobre o assunto. O que é hipertensão? Quais os tipos, causas e sintomas? Acompanhe!
O que é Hipertensão?
A hipertensão é caracterizada pela elevação sustentada dos níveis de pressão arterial, acima de 140×80 mmHg (milímetro de mercúrio), popularmente conhecida como 14/8. Enquanto o primeiro número indica a pressão máxima ou sistólica, que corresponde à contração do coração, o segundo diz respeito à pressão do movimento de diástole, quando o coração relaxa.
Tipos de hipertensão
Existem dois tipos de pressão alta: a hipertensão primária ou essencial e a secundária.
“A hipertensão primária atinge mais de 90% dos pacientes e é causada por maus hábitos de vida (obesidade, sedentarismo, excesso de álcool), aliados a um componente genético. A hipertensão secundária corresponde de 5% a 10% e é causada por algum problema no organismo, como doenças renais, da tireoide ou das glândulas suprarrenais, dentre tantos outros”, explica a médica. Por isso, o acompanhamento médico e o diagnóstico são fundamentais para identificar a causa do problema e iniciar o tratamento correto.
A hipertensão tem sintomas?
Geralmente, não! A hipertensão é uma doença silenciosa e, por isso, muitas vezes representa um perigo para a saúde do paciente. Normalmente, alguns quadros como ansiedades, dores agudas e gripes, que apresentam sintomas, acabam por desencadear um aumento na pressão arterial momentaneamente.
Causas e fatores de risco
A Medicina do Estilo de Vida e a Epigenética tem mostrado que a herança genética, muitas vezes, é superestimada no caso de doenças crônicas como a hipertensão. “Nossos genes podem sim carregar tendências, mas não determinam o destino. Ou seja, é possível driblar essas predisposições com pequenas mudanças nos hábitos e estilo de vida, como uma alimentação balanceada, a frequência em atividades físicas e o acompanhamento médico completo, que avalia o organismo como um todo e não apenas trata sintomas”, esclarece Dra. Danielle. Alguns hábitos podem desempenhar um papel no desenvolvimento da hipertensão arterial em pessoas que têm uma tendência hereditária para desenvolvê-la, como:
– Consumo excessivo de sal;
– Tabagismo;
– Sedentarismo;
– Obesidade;
– Estresse;
– Excesso de consumo de bebidas alcoólicas;
– Sono comprometido.
Como funciona o tratamento?
Cada paciente deve ser avaliado por um cardiologista para o início do tratamento adequado para o seu caso. Existem dois tipos de tratamento:
- Mudanças no estilo de vida;
- Mudanças no estilo de vida aliados à medicação.
O médico é quem vai avaliar a necessidade do uso de medicação, mas mudança nos hábitos por um estilo de vida mais saudável é recomendado para qualquer paciente com hipertensão!