Depois de quase um ano de isolamento social, milhares de infectados e mortos, 2021 começou com esperanças renovadas para controle da disseminação de covid-19, com a aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para o uso emergencial das vacinas de Oxford-AstraZeneca, da Fiocruz, e a Coronavac, do Instituto Butantan. No momento, em que os casos são crescentes, a vacina terá impacto direto na redução de mortes e internações em um curto intervalo.

Dentro do cronograma de vacinação, que começou no dia 17 de janeiro de 2021 para os profissionais de saúde e indígenas, os pacientes com comorbidades, como cardiopatas, hipertensos e pacientes com problemas cardiovasculares, contemplam a fase três, que está prevista para acontecer apenas em meados de junho de 2021.

A dúvida que surge em muitos desses pacientes é se a vacinação é segura para eles. E a resposta é sim! De acordo com a cardiologista do Instituto Ellos de Medicina, Dra. Danielle Salaorni de Resende, pacientes cardiopatas tem maior probabilidade de evoluir para as formas graves da covid-19. “Mesmo sendo algo novo, hoje a vacina é a forma mais segura de evitar que o quadro se agrave quando o paciente é infectado para, por exemplo, uma Síndrome da Insuficiência Respiratória Aguda, além do risco de descompensar alguma doença que esteja controlada. As autoridades sanitárias testaram as vacinas, que se mostraram eficazes e seguras inclusive para cardiopatas”, explica. A Sociedade Brasileira de Cardiologia também emitiu uma nota para reforçar a importância e estimular que pacientes cardiopatas tomem a vacina.

Para se ter ideia, cerca de 31,5% dos óbitos no Brasil são provocados por doenças cardiovasculares, o que a torna a maior causa de morte entre a população, de acordo com dados do Ministério da Saúde. A doença cardiovascular mata, por ano, 7,6 milhões de pessoas no mundo devido a complicações como AVC, infarto, entre outras. “O contágio por covid-19 pode influenciar diretamente nesses quadros e levar o paciente a óbito”, afirma Dra. Danielle.

 

Fase da vacina

Vale lembrar que a maioria dos cardiopatas tem mais de 60 anos e, portanto, muitos serão vacinados antes mesmo de chegar na fase prioritária desse grupo de risco (durante a primeira e segunda fase).

De acordo com a SBC (Sociedade Brasileira de Cardiologia), as doenças cardiovasculares e cerebrovasculares prioritárias à vacinação contra Covid-19 são:

- Síndrome/Doença cardiovascular ou cerebrovascular;

- Insuficiência cardíaca (IC);

- Cor-pulmonale e Hipertensão pulmonar;

- Hipertensão Arterial Resistente (HAR);

- Hipertensão arterial estágio 3;

- Hipertensão arterial estágios 1 e 2 com LOA e/ou comorbidade;

- Cardiopatia hipertensiva;

- Síndromes coronarianas;

- Valvopatias Miocardiopatias e Pericardiopatias;

- Doenças da Aorta, dos Grandes Vasos e Fístulas arteriovenosas;

- Arritmias cardíacas;

- Cardiopatias congênita no adulto;

- Próteses valvares e Dispositivos cardíacos implantados;

- Doença cerebrovascular.

 

Atenção!

É imprescindível continuar as medidas de segurança, como uso de máscara, distanciamento social e higienização das mãos. Os cuidados continuam!