Particularidades do corpo feminino agravam as doenças cardiovasculares

As doenças cardiovasculares correspondem a um terço das causas de mortes no mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), e, ao contrário do que diz o senso comum, as mulheres são as mais afetadas, principalmente após os 65 anos. As cardiopatias no sexo feminino já ultrapassam as estatísticas de câncer de mama e útero, maiores alvos de preocupação em relação à saúde preventiva. Além das divergências anatômicas, existe uma diferença entre os sintomas manifestados no sexo feminino e masculino, e esse desconhecimento geral contribui como agravante do problema.

Em relação ao infarto, por exemplo, enquanto os homens apresentam mais dores no peito, a mulher costuma ter náuseas, fraqueza, dores gástricas, dificuldade para respirar, dor que se estende pelas costas, ombros e mandíbula, sintomas que podem ser facilmente confundidos com outras doenças.

Outra particularidade do organismo feminino associada às cardiopatias é a menopausa. Nesse período, a produção de estrogênio –  hormônio fabricado durante a fase reprodutiva que auxilia na saúde cardiovascular – diminui, fazendo com que o coração perca uma proteção natural e fique mais sujeito ao infarto.

Não só as condições genéticas que apresentam riscos para a saúde cardiovascular da mulher, mas os hábitos e estilo de vida também são fatores importantes. A má alimentação, fumo, sedentarismo, e as doenças crônicas, como hipertensão, diabetes e colesterol alto também prejudicam o bom funcionamento do coração.

Além disso, de acordo com a pesquisa Saúde Cardiovascular da Mulher Brasileira, realizada pela Fundación MAPFRE e a Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (Socesp), em 2019, o estresse e a depressão são responsáveis por aumentar de duas a cinco vezes as chances de infarto e Acidente Vascular Encefálico (AVE). No Brasil, especificamente, esse número aumenta para oito vezes.

Por esse motivo, a cardiologista do Instituto Ellos de Medicina, Dra. Danielle Salaorni, indica que, além do acompanhamento médico regular para avaliar os fatores de risco de modo a prevenir ou realizar o diagnóstico precoce das doenças, a mudança de estilo de vida é essencial. Adotar hábitos saudáveis é a melhor forma de manter o bom funcionamento do coração. Agende sua consulta e saiba mais!